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Estresse infantil existe, pode ser tóxico e causar danos a longo prazo.

  • Foto do escritor: Ângela Mathylde
    Ângela Mathylde
  • 25 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

Especialistas alertam para os sintomas e fazem recomendações para que a criança viva melhor

O estresse nas crianças pode afetar o desenvolvimento cognitivo e causar danos no presente e no futuro Foto: Pixabay

Assim como os adultos, as crianças também sofrem de estresse. Seja por fatores naturais da vida ou pela estrutura e situação da família, essa reação pode afetar o desenvolvimento cognitivo e causar danos no presente e no futuro.

Transformar as crianças em miniexecutivos é uma das principais situações estressoras para elas. Por mais que os pais queiram e, por vezes, os filhos gostem, encher o dia com escola, curso de idioma, aula de natação, futebol e dança pode não ser saudável.

"Esse afã de que o filho precisa estar preparado mais do que o outro faz com que a criança fique sobrecarregada, porque ela ainda não tem maturidade e energia emocional para lidar com tanta competição e tanta responsabilidade", explica a psicóloga Marilda Lipp, diretora do Instituto de Psicologia e Controle do Stress (IPCS).

Segundo a especialista, os pais pensam que o sucesso dos filhos será baseado em tudo o que eles fizerem e aprenderem desde o nascimento, por isso o excesso de atividades. Mas ela lembra que o sucesso não está só no intelecto. "O que realmente conta para ser um ser humano completo é ter uma base pessoal bem desenvolvida", afirma.

Níveis de estresse. Um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria(SBP) mostrou que o estresse infantil pode ser dividido em três tipos: positivo, tolerável e tóxico. A divisão é feita de acordo com as reações às situações estressoras.

"O estresse positivo é gerado por situações cotidianas da criança, como ir à escola, tomar vacinas, injeções. As crianças têm de passar por essas situações, que podem ser trabalhadas para que elas aprendam a lidar com frustrações", explica a neuropediatra Liubiana Arantes de Araújo, presidente do Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Crescimento da SBP.

O estresse tolerável ocorre quando a criança passa por uma situação com um nível acima do que ela conseguiria lidar. Porém, mesmo sendo um estresse elevado, o suporte familiar adequado pode ajudá-la a criar e trabalhar estratégias para suportar o momento. Exemplo disso é a morte de um parente ou mudança de alguém próximo à criança.

Já o estresse tóxico é resultado de situações graves o suficiente para superar a capacidade da criança de lidar com os desafios, mas ela não tem estratégias para lidar. "Isso eleva o nível de cortisol no sangue, ocorre uma descarga de adrenalina e pode levar à perda de sinapses e limitações posteriores no aprendizado", diz Liubiana.

Para saber qual é o nível de estresse adequado, Marilda diz que os pais precisam observar o desenvolvimento emocional do filho. "As crianças não são iguais, umas amadurecem mais cedo, outras não. Tem de saber qual é a sensibilidade da criança e, a partir disso, apresentar frustrações adequadas", afirma.

Pelas consequências que o estresse pode causar às crianças, os adultos precisam ficar atentos aos sintomas físicos e psicológicos que elas apresentam e não confundi-los com má criação ou apenas birra.

Confira na galeria abaixo as causas e consequências do estresse infantil e como evitar que ele afete as crianças.


 
 
 

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Criado por Karolina Mariani Amaral

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