ASCO atualiza o tratamento medicamentoso para câncer de pulmão avançado
- Megan Brooks
- 17 de set. de 2017
- 2 min de leitura

Com todos os avanços recentes no tratamento medicamentoso do câncer de pulmão, principalmente imunoterapia e terapia-alvo, a American Society of Clinical Oncology (ASCO) divulgou uma atualização de sua diretriz de prática clínica sobre câncer de pulmão de células não pequenas avançado.
"O tratamento para o câncer de pulmão tornou-se cada vez mais complexo ao longo dos últimos anos. Esta atualização das diretrizes fornece aos oncologistas as ferramentas para escolher as terapias que mais provavelmente beneficiarão os pacientes", disse em um comunicado à imprensa o Dr. Nasser Hanna, um dos presidentes do painel de especialistas da diretoria.
A última atualização havia sido em 2015.
A última atualização, publicada on-line em 14 de agosto no Journal of Clinical Oncology, reflete mudanças nas evidências desde então, inclusive no que diz respeito à terapia com inibidores de checkpoint imune e à terapia-alvo para pacientes cujo câncer de pulmão de células não pequenas é positivo para o receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR), quinase de linfoma anaplásico (ALK), ou o receptor proto-oncogene tirosina quinase (ROS1).
"É importante atualizar as diretrizes do câncer de pulmão de células não pequenas devido à rápida evolução das opções de tratamento, à medida que nossa compreensão da biologia molecular e da genética do câncer de pulmão continua por meio de pesquisa básica, pesquisa translacional e ensaios clínicos", disse ao Medscape o Dr. Gregory Masters, um dos presidentes do painel de especialistas da diretoria.
"Temos novas opções de tratamento disponíveis com terapias direcionadas e imunoterapia, bem como opções padrão de quimioterapia, e gostaríamos de garantir que os clínicos em todo o país tenham a ajuda e o apoio necessários para recomendar os tratamentos mais adequados aos seus pacientes com esta doença cada vez mais complexa. Dar a nossos pacientes a melhor abordagem personalizada para o câncer deles pode melhorar a qualidade de vida e a sobrevida, e nos ajudar a usar nossos recursos limitados de forma mais eficiente", acrescentou o Dr. Masters.
Tratamento de primeira linha em pacientes sem mutações
Em relação às recomendações para o tratamento de primeira linha para pacientes com carcinoma de células não escamosas ou carcinoma de células escamosas sem mutação tumoral de sensibilização ao EGFR ou rearranjos de genes ALK ou ROS1 e com um performance status (PS) de 0 ou 1 (e casos selecionados com PS de 2):
Com alta expressão do ligante de morte celular programada 1 (PD-L1), escore de proporção tumoral (EPT) 50% ou superior, e sem contraindicação, recomenda-se o pembrolizumabe como agente único. Qualidade da evidência: alta, força da recomendação: forte.
Com baixa expressão de PD-L1 (EPT < 50%), recomenda-se uma variedade de quimioterapias citotóxicas combinadas (com ou sem bevacizumabe, se os doentes estão em uso de carboplatina e paclitaxel). Em relação às combinações a base de platina: qualidade da evidência alta; força da recomendação forte. Quanto às não baseadas em platina: qualidade da evidência intermediária; força da recomendação fraca.
Todos os outros cenários clínicos para tratamento de primeira linha seguem as recomendações de 2015.
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